Engenharia Civil: saiba tudo sobre o curso e o mercado de trabalho

SUMÁRIO

No campo acadêmico, a escolha de um curso de graduação como Engenharia Civil é uma das mais relevantes na trajetória de quem almeja construir uma carreira bem-sucedida. Inclusive, diferentemente do que muitas pessoas pensam, a decisão não deve ser influenciada apenas por perspectivas salariais e/ou pela pressão da continuidade de um legado familiar — embora ambos sejam, sim, fatores de peso em alguns casos.

Mais importantes do que essas questões, porém, são o perfil do estudante e suas aptidões, elementos determinantes para a satisfação profissional e acadêmica. A propósito, você provavelmente já ouviu por aí que os alunos que mandam bem em Exatas, geralmente, não têm tanta afinidade com Humanas (e vice-versa), não é mesmo?

Sendo assim, elaboramos este post sobre os principais pontos que envolvem a área de Engenharia Civil, como formação, duração do curso, atuação profissional e mercado de trabalho. Topa vir com a gente nessa? Então, continue a leitura!

O que é Engenharia Civil e qual é o seu impacto na sociedade?

Bem, crenças populares à parte — até porque, na prática, ambas se complementam —, se você sente que faz parte desse grupo que tem mais afinidade com as Exatas em comparação às Humanas, vale a pena destacar que os cursos de Engenharia estão muito ligados às primeiras, como Química, Física e Matemática. De modo geral, ao longo da faculdade, o graduando é estimulado a desenvolver a capacidade de raciocínio e de resolução de problemas.

Em termos simples, a Engenharia Civil é o campo que qualifica os graduandos para o exercício profissional na construção urbana e civil, no saneamento, nas fundações e estruturas, na geotecnia, nos transportes, na hidráulica e nas rodovias. Ou seja, quando formado, o engenheiro civil se torna apto a projeções, execuções e gerenciamentos de obras variadas.

A proposta da graduação em Engenharia Civil envolve a capacitação dos alunos para:

  • a realização de cálculos industriais;
  • a seleção dos materiais mais adequados a determinados projetos;
  • a garantia da segurança e da conformidade com os regulamentos vigentes;
  • a administração de prazos e recursos;
  • a colaboração em prol da eficiência e da sustentabilidade em obras e construções em andamento.

Além disso, o curso de Engenharia Civil visa a trabalhar competências que viabilizem a atuação dos profissionais a partir do emprego de novas — e recorrentes — tecnologias.

Ao longo da formação acadêmica, os graduandos são preparados pelo corpo docente da Instituição de Ensino Superior (IES) para o desempenho de inúmeras atribuições, como planejamentos, coordenação e direção, vistoria, análise de serviços e obras relativos a edificações, drenagens, serviços de transporte e demais vertentes. A graduação é altamente abrangente e abarca incontáveis aspectos teóricos e práticos.

Ainda nesse contexto, há que se falar do grande impacto da Engenharia Civil na sociedade nos mais variados âmbitos da infraestrutura básica, como vimos, até o desenvolvimento sustentável — acerca do qual nos aprofundaremos mais à frente. Alguns exemplos incluem:

  • a infraestrutura urbana, haja vista que os profissionais de Engenharia Civil, como mencionamos, são os responsáveis pelo planejamento, pela projeção e pela construção de infraestruturas indispensáveis para as cidades. Isso inclui as redes de esgoto, os sistemas de abastecimento de água, as pontes e as estradas, entre outras estruturas igualmente vitais tanto para o funcionamento quanto para o esperado desenvolvimento das sociedades urbanas;
  • o desenvolvimento econômico, pois a área exerce um papel verdadeiramente crucial nesse sentido, facilitando o transporte de mercadorias e, consequentemente, do comércio. O que também reverbera na criação de oportunidades de emprego e no incentivo ao crescimento industrial e urbano;
  • o aumento da resistência a desastres, pois, por meio do planejamento e da construção de infraestruturas mais resilientes, os profissionais de Engenharia Civil auxiliam a sociedade a se preparar — e, quando necessário, a se recuperar — de desastres da natureza, como inundações, quedas de barrancos etc.;
  • a construção de moradias, já que a Engenharia Civil capacita profissionais que exercem um papel essencial na edificação de residências seguras e acessíveis à sociedade. Isso é feito projetando e mantendo sob supervisão, por exemplo, o levantamento de edifícios residenciais que estejam devidamente alinhados aos padrões de conforto e, principalmente, de segurança;
  • o gerenciamento de recursos hídricos, afinal, a Engenharia Civil também está envolvida nessa iniciativa, o que inclui a projeção e a construção de barragens, de estações de tratamento hídrico, de sistemas de irrigação e drenagem de águas pluviais. Assegurando o acesso da sociedade à água potável e mitigando ao máximo os eventuais efeitos negativos de fenômenos naturais, como secas e enchentes.

Na realidade, em essência, os profissionais graduados e atuantes na Engenharia Civil são responsáveis por moldar o ambiente em que nós — como sociedade — vivemos e por assegurar que o meio à nossa volta seja efetivamente seguro, funcional e, inclusive, sustentável para as futuras gerações que virão.

Como a Engenharia Civil contribui para a sustentabilidade ambiental?

Abarcando a utilização verdadeiramente consciente de matérias-primas, a redução significativa de desperdícios, o reaproveitamento de resíduos — sempre que for viável, é claro — etc., a concepção por trás de uma atuação sustentável na construção civil implica uma série de benefícios. Bem, inicialmente, é imperativo destacar que a sustentabilidade já deixou de ser uma temática meramente banal.

O profundo domínio do assunto é imperativo para que os profissionais de Engenharia Civil levem em conta soluções e propostas genuinamente sustentáveis. Inclusive, trata-se de uma necessidade, principalmente, em segmentos nos quais ocorrem alterações expressivas da área trabalhada e, como consequência, um consumo exponencial de materiais que poderiam implicar a modificação do clima local e a poluição da região.

Na realidade, o conceito de sustentabilidade na Engenharia Civil envolve assegurar a implementação de medidas que mitiguem os impactos negativos ambientais — não só durante as construções, mas também antes e após. Além disso, a ideia se estende a outros dois propósitos, como vimos: a potencialização da viabilidade econômica e a promoção de uma boa qualidade de vida para a sociedade atual e para as futuras.

Vantagens da sustentabilidade na Engenharia Civil

Antes de elencar os benefícios, é superinteressante pontuar que o desenvolvimento de uma sociedade a partir de um modelo novo que leve em consideração a conservação do meio ambiente, atualmente, já se tornou uma obrigatoriedade. Afinal, cada vez mais, temos visto que os variados setores têm sido questionados acerca dos modelos convencionais de desenvolvimento e, portanto, têm passado a revê-los.

Diante disso, é válido ressaltar que também cabe às Instituições de Ensino Superior a formação de graduandos que estejam, de fato, preparados para o novo formato de atuação na Engenharia Civil. Ou seja, na prática, falamos do emprego de novas ferramentas, processos e tecnologias e até da adoção de novas condutas que oportunizem a preservação ambiental e a segurança do ecossistema, envolvendo todos os seres vivos.

Nesse sentido, as inovações tecnológicas, que são cada vez mais comuns e eficientes e menos onerosas, vêm atendendo bem às demandas comuns da sociedade na qual vivemos. Elas proporcionam, ainda, determinadas vantagens, como:

  • diminuição dos gastos em razão da otimização dos processos;
  • implementação de melhores argumentos de vendas, afinal, cada vez mais, a concepção de sustentabilidade vem sendo valorizada na era contemporânea;
  • acesso a incentivos fiscais, os quais têm se tornado também comuns para as empresas que adotam práticas sustentáveis no setor de construção;
  • elevação dos níveis de conforto desfrutados pelos proprietários, assegurados pelas práticas arquitetônicas sustentáveis relativas ao controle da iluminação, ao controle térmico e a demais componentes ambientais;
  • aumento do conforto e do apelo visual, que são gerados pelos mesmos componentes.

Exemplos de boas práticas sustentáveis na Engenharia Civil

Segundo um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), na construção civil, existe uma espécie de “processo de alinhamento”, que passa pelo fortalecimento do ESG (acrônimo de “Environment, Social e Governance“, em Inglês) na cadeia produtiva. Em outras palavras, falamos de “Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Governança”.

Trata-se dos eixos que são efetivamente reconhecidos pela necessidade de haver mais preocupação com a sustentabilidade nos segmentos. No levantamento mencionado acima, por exemplo, é apontada a importância de diminuir as demandas energéticas nos ambientes construídos, de descarbonizar o setor de energia e de traçar estratégias que abranjam o uso de materiais que mitiguem a emissão de carbono.

No entanto, embora a teoria seja clara, como é possível, na prática, aplicar a sustentabilidade na Engenharia Civil? A seguir, elencamos alguns exemplos para tornar a ideia mais inteligível. Veja!

Escolha do terreno

Na Engenharia Civil, a observância da sustentabilidade começa a partir da seleção da área. Nesse caso, o mais recomendável é dar preferência à edificação em terrenos já desenvolvidos e/ou naqueles que sejam “recuperáveis”.

Diante disso, além de ter máxima atenção aos habitats naturais e aos corpos hídricos, vale a pena considerar que:

  • localidades que tenham “conexões” ao entorno, geralmente, reduzem a necessidade de utilização de veículos;
  • terrenos que já tenham abastecimento de água e rede de tratamento de esgoto devem ser priorizados;
  • construções de habitações que fiquem próximas a regiões abertas devem receber preferência.

Uso de materiais sustentáveis

Outra iniciativa superimportante diz respeito à consideração do ciclo de vida dos recursos a serem usados na construção — o que inclui a extração, o deslocamento, o processamento, o emprego e, por fim, o descarte. Tenha em mente que:

  • a compra de materiais reciclados mitiga o consumo de matérias-primas virgens;
  • a priorização de fabricantes que tenham implantado melhorias no ciclo de vida dos produtos quando ao impacto no meio ambiente é uma excelente pedida;
  • a preferência por fornecedores que estejam sediados no entorno da área movimenta a economia da comunidade local e implica menos impactos com o transporte.

Investimento em novas tecnologias

A gestão adequada do canteiro de obras e das etapas vinculadas pode ser altamente otimizada com o auxílio de softwares — aí está a tecnologia novamente se revelando uma grande aliada! Basicamente, esses sistemas contribuem para a economia de recursos e energia, haja vista que, adotando-os, tudo poderá ser executado com mais produtividade e eficiência, eliminando retrabalhos e desperdícios.

Além disso, a utilização de um sistema inteligente de gerenciamento diminui a quantidade de papelada impressa, pois os dados que, anteriormente, eram registrados em papéis, podem ser mantidos no meio digital. De certa forma, mais uma vez, podemos ver a contribuição — mesmo que indireta — da implementação de boas práticas na Engenharia Civil para a sustentabilidade.

Como a Engenharia Civil impacta a transformação urbana?

Inicialmente, é válido destacar que estamos falando de um processo de desenvolvimento e mudança que acontece nas áreas metropolitanas, abrangendo a revitalização e a renovação de espaços físicos, de serviços, de infraestruturas e de atividades. Em outros termos, trata-se de um fenômeno que, via de regra, ocorre nas metrópoles de todo o mundo, sendo impulsionado por inúmeros aspectos, a exemplo de avanços tecnológicos, expansão populacional e alterações sociais e econômicas.

Contudo, como realmente a Engenharia Civil impacta a transformação urbana? Bem, o fato é a que própria ocupação das áreas urbanas é proveniente, em muitos casos, da construção civil — que é um dos seus instrumentos.

Nesse sentido, é possível entender mais a fundo os reflexos quando levamos em conta que as mudanças nas metrópoles estão muito ligadas a uma forte presença de edificações privadas e públicas, que constituem um grande atrativo para indivíduos de outros municípios e/ou estados (ou mesmo de outras zonas da cidade) que buscam oportunidades de emprego e de moradia.

Inclusive, é interessante pontuar que, atrelados a esse cenário, os investimentos feitos na infraestrutura reverberam na dinâmica da transformação e da expansão urbana. Na prática, vemos bastante os reflexos da Engenharia Civil na transformação urbana quando observamos, por exemplo:

  • o planejamento urbano — já que os profissionais graduados na área atuam em uma colaboração estreita com autoridades de âmbito municipal e urbanistas no planejamento e no desenvolvimento das cidades, auxiliando na projeção do layout das ruas, das áreas industriais e comerciais, das zonas residenciais e dos espaços públicos, a exemplo das infraestruturas de lazer;
  • a infraestrutura urbana — a edificação e a manutenção da infraestrutura das metrópoles, como pontes, redes de esgoto e água, estradas etc., são também áreas da Engenharia Civil que geram um alto impacto na transformação urbana, cujo planejamento verdadeiramente eficaz é imprescindível para a evolução sustentável das cidades;
  • a revitalização de áreas urbanas — como mencionamos brevemente, a Engenharia Civil está diretamente vinculada à revitalização de espaços urbanos que estão subutilizados e/ou degradados, o que tende a incluir projetos de renovação urbana, conversão de espaços industriais abandonados em áreas comerciais ou residenciais e reabilitação de edificações históricas, por exemplo.

Quais são as áreas de atuação da Engenharia Civil?

Ao longo do post, citamos bastante a construção civil. No entanto, é fundamental ressaltar que o campo de atuação não é o único quando falamos das possibilidades para os profissionais formados em Engenharia Civil.

A área de estudo pode ser considerada, inclusive, uma das graduações mais pedidas no mercado de trabalho — em razão, por exemplo, da necessidade contínua de crescimento e de desenvolvimento urbano, do fato de o segmento ser um dos grandes impulsionadores da economia em diversos países, da importância da renovação da infraestrutura preexistente etc. Portanto, contrariando o que boa parte das pessoas pensam, as áreas de atuação da Engenharia Civil não estão restritas às construções/edificações.

Na realidade, é bacana pontuar que a formação é superampla, abarcando boas noções dos mais variados campos, o que, como consequência, expande um leque bem interessante de possibilidades profissionais.

Até aqui, nós já vimos que os engenheiros civis, após a formação, passam a estar aptos para o exercício profissional nos mais variados segmentos estratégicos, especialmente em se tratando do desenvolvimento nacional. Em suma, como abordamos, eles desempenham atribuições que englobam desde o planejamento até a execução de obras de estrutura, embora também possam exercer funções no setor de produção.

Pensando, então, na expressiva gama de oportunidades, a seguir, listamos algumas das áreas de atuação da Engenharia Civil, com destaque para algumas peculiaridades que podem ajudar você a fazer a melhor escolha para o futuro. Fique de olho!

Construção civil

Diante das áreas de atuação que um engenheiro civil pode atuar após a conclusão da graduação, não poderíamos deixar de trazer mais detalhes acerca da construção civil, que é um dos campos mais conhecidos e tradicionais. Basicamente, a construção civil engloba a gestão e a execução de obras, como vimos, sendo direcionada para a garantia do adequado funcionamento dos projetos desenvolvidos, o que inclui o nível de segurança.

Na especialidade, o foco do profissional atuante está na promoção do bem-estar da sociedade, bem como na preservação ambiental em meio às edificações projetadas. No cotidiano, os engenheiros civis exercem as atribuições que se vinculam de maneira direta a reformas, projeções e construções, da seleção dos materiais a serem empregados até a escolha do acabamento.

Estradas e transporte

É uma área também bem abrangente e, usualmente, os profissionais que atuam nesse campo são responsáveis, por exemplo:

  • pelo planejamento, pela construção e pela manutenção dos sistemas de pavimentos e transportes de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias;
  • pelo traçado das estradas.

Comumente, na etapa de projeção, a atuação dos talentos formados em Engenharia Civil abrange a escolha dos melhores materiais com base nos cálculos relativos às estruturas e levando o custo-benefício em conta. Após esse estágio, o trabalho se volta à construção, de fato, com enfoque no acompanhamento da obra.

Segurança do trabalho

A área — que também é bastante conhecida — emprega profissionais formados em Engenharia Civil que atuam visando a garantir a integridade física dos trabalhadores nas obras. Nesse caso, o foco se volta, principalmente, para a prevenção de eventuais acidentes.

Usualmente, no dia a dia dos talentos que exercem as atribuições no campo de Segurança do Trabalho, a fiscalização das circunstâncias em que esses colaboradores trabalham é uma das grandes responsabilidades. Contudo, a rotina dos engenheiros civis vai além, haja vista que eles também são encarregados de propor soluções e iniciativas que potencializem a segurança do pessoal, como treinamentos e ações de conscientização.

Cálculo estrutural

Não raramente, quando pensamos no exercício profissional de graduados em Engenharia Civil, vem à mente a cena de trabalhadores utilizando EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) nas edificações. Mas, como estamos vendo, as possibilidades de atuação dos engenheiros civis são amplas, e o trabalho desenvolvido nos escritórios é uma delas.

Nesse sentido, o cálculo estrutural é uma ótima pedida para os profissionais que dão preferência por um trabalho mais direcionado ao estudo comportamental das infraestruturas. Ou seja, mesmo que, por vezes, exista a necessidade de deslocamento desses talentos até a área da construção, o dia a dia é concentrado nos cálculos relacionados à fundação das edificações.

Geotecnia

Trata-se de uma área de atuação da Engenharia Civil que tem enfoque na minuciosa análise das peculiaridades pelas quais os solos são constituídos. Nesse caso, tanto a execução da avaliação quanto a adoção dos cuidados devidos são imprescindíveis em quaisquer obras e devem ocorrer previamente ao início dos trabalhos.

Para ser bem-sucedido nesse campo, o ideal é que os profissionais graduados tenham formações mais aprofundadas em Geologia, Hidrologia, Topografia e Geodesia — que, de forma simplificada, é a ciência que estuda as dimensões e a forma da Terra, bem como a modelagem do campo de gravidade e a posição dos pontos sobre a superfície. Além disso, é válido ressaltar que ela se distingue da Topografia, haja vista que a última tem a finalidade de conduzir um mapeamento de uma pequena porção de uma superfície, dentro de um raio de até 40 km, enquanto a primeira mapeia extensas proporções da mesma superfície.

Hidrologia

A área de atuação é voltada à projeção e à construção de equipamentos, estruturas e demais elementos que são empregados no armazenamento, no monitoramento e no controle da água. Como estamos tratando de um recurso natural que é vital para a existência humana, a Hidrologia vem se tornando um campo cada vez mais promissor, em que os profissionais formados em Engenharia Civil passam a ser responsáveis por geri-lo, zelando pela sustentabilidade e, claro, de maneira responsável.

Saneamento

Havendo uma relação direta com a esfera pública, trata-se de uma das áreas de atuação de Engenharia Civil cuja atuação dos profissionais é voltada à projeção de edificações que são consideradas “essenciais” para garantir o saneamento geral e básico para toda a sociedade. Portanto, os sistemas de abastecimento de água e de esgoto estão inclusos no campo de trabalho.

Entre as atribuições, os talentos atuantes no saneamento são responsáveis por:

  • garantir a preservação da qualidade de vida da população;
  • buscar o licenciamento das obras;
  • planejar o uso de recursos hídricos;
  • controlar os impactos sociais e ambientais.

Quanto um engenheiro civil ganha?

Uma das dúvidas bastante recorrentes entre os estudantes que cursam Engenharia Civil envolve a remuneração da área, que, geralmente, é bastante atrativa. É claro que existem alguns fatores — como o tempo de experiência profissional, o porte da companhia empregadora, as especializações que o talento tem no currículo e a região na qual a oportunidade é oferecida — que influenciam diretamente o valor.

No entanto, de modo geral, segundo dados provenientes do portal Salário.com.br, a média de um engenheiro civil é de R$ 8.359,87 para uma jornada de trabalho de 41 horas semanais.

Quais são as habilidades essenciais de um engenheiro civil?

Naturalmente, as competências que os profissionais graduados em Engenharia Civil devem desenvolver sofrem algumas variações de acordo com a área na qual vão atuar, conforme a demanda da empresa contratante, segundo o cargo a ser ocupado etc. Ainda assim, de maneira geral, podemos destacar as seguintes habilidades essenciais:

  • saber trabalhar em equipe, haja vista que é inviável executar uma obra de alto porte sozinho, por mais preparado e qualificado que o profissional seja;
  • entender como gerir adequadamente as relações interpessoais, até porque o espírito de liderança é um grande diferencial para se destacar em qualquer área de atuação, o que torna interessante para o engenheiro conseguir atenuar eventuais conflitos cotidianos e buscar soluções para resolvê-los, de modo que não impactem negativamente os níveis de produtividade do time;
  • ser flexível, pois lidar com diversos tipos de indivíduos no dia a dia pode, sim, ser bem desafiador, então, caso falte ao profissional o famoso “jogo de cintura” para contornar bem as dificuldades que podem surgir durante a execução de um trabalho, o cliente — e/ou o empregador — tende a ficar insatisfeito.

Quais são os desafios enfrentados pela Engenharia Civil?

Provavelmente, você já ouviu por aí que uma crise financeira — embora normalmente seja preocupante quando se inicia — também tende a trazer excelentes oportunidades para os profissionais que se mantêm receptivos às mudanças e procuram se adaptar aos novos contextos. Isso vale para qualquer área de atuação, portanto, na Engenharia Civil não seria diferente.

Ora, é inegável que, nos últimos anos, passamos por inúmeras oscilações econômicas, a exemplo da proveniente do período pandêmico. Como resultado, alguns engenheiros civis começaram a enfrentar dificuldades para continuar atuando no mercado de trabalho.

Contudo, também é indiscutível que, mesmo nos períodos mais delicados, há sempre espaço para os talentos mais criativos. Inclusive, para esses profissionais, os desafios — como os elencados a seguir — passam a ser vistos como chances de inovar e ganhar destaque no segmento. Veja!

Manter a eficiência nos projetos executados

Na era atual, é verdade que, na Engenharia Civil, não existe tanto espaço para a refação dos projetos. Diante disso, um dos primeiros desafios a serem abordados envolve a necessidade de atuar com absoluta precisão do início ao fim.

É justamente por isso que a eficiência é uma característica marcante dos talentos que se tornam referência no ramo de atuação. A razão é simples: em períodos de recessão econômica, os gastos envolvidos na refação de uma obra podem inviabilizá-la.

Sendo assim, é essencial ter know-how e dominar boas técnicas para oferecer ao cliente (ou à empresa empregadora) soluções realmente definitivas. Ou seja, que não precisarão ser refeitas posteriormente.

Utilizar materiais alternativos

Cada vez mais populares e requisitados, o uso dos recursos que podem ser reaproveitados e moldados novamente para suprir necessidades distintas é mais um dos desafios a serem contornados de forma inteligente pelos engenheiros civis.

Depois de muito tempo atuando estritamente com itens convencionais e mais rígidos, como asfalto, cimento, areia etc., é chegado o momento de dispor de alternativas que possam baratear as edificações e, consequentemente, contribuir para o meio ambiente. Novamente, percebe-se a importância da sustentabilidade.

Fazer mais com menos

Houve, sim, os chamados “anos de ouro” na Engenharia Civil, em que a economia do nosso país permitia que os trabalhos fossem executados com fartura em termos de materiais nobres — além de uma expressiva mão de obra para a condução dos projetos. A era ficou para trás.

Hoje em dia, cada vez mais, são valorizados os engenheiros civis que “dão asas à criatividade” e se tornaram verdadeiramente capazes de executar projetos de excelência, mas com o emprego de menos recursos. Então, os talentos que buscarem desenvolver essa competência tendem a encontrar mais portas abertas no mercado de trabalho do futuro.

Como está o mercado de trabalho da Engenharia Civil?

Segundo informações disponibilizadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2023 houve um aumento de 6,57% no número de trabalhadores formais nessa área, o que corresponde a 158.940 novos empregos com carteira assinada — de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, pela sexta vez seguida, o segmento da construção comemora crescimento no mercado de trabalho, registrando o terceiro melhor desempenho em geração de empregos dos últimos 10 anos.  

Além disso, o mesmo segmento, por exemplo, mantém uma expectativa de crescimento para este ano (2024) equivalente a 2,9%. A estimativa foi apresentada em 2023 pelo SindusCon-SP, que é a maior associação de empresas da indústria de construção da América Latina.

Como é a formação de Engenharia Civil?

Mesmo havendo variações entre as instituições de ensino superior, é possível afirmar que existe uma espécie de “padronização” quando falamos da graduação em Engenharia Civil. A seguir, confira uma visão geral do que, comumente, faz parte do currículo nessa área:

  • Fundamentos de Engenharia — introduzem os princípios básicos da Engenharia, o que inclui, por exemplo, Matemática, Química e Física;
  • Ciências Básicas — contemplam Unidades Curriculares relativas às Ciências Básicas, abrangendo também Álgebra Linear e Cálculo, que, juntamente a outras, fornecem a “base” da Engenharia Civil;
  • Ciências Aplicadas — compreendem Componentes Curriculares aplicados à Engenharia Civil, como Termodinâmica, Mecânica dos Fluidos etc., que são indispensáveis para viabilizar a compreensão comportamental das estruturas e dos materiais;
  • Tecnologia da Engenharia — estuda as práticas e os princípios da tecnologia de Engenharia Civil, englobando temas como materiais de construção, métodos construtivos e geotecnia;
  • Projeto e Análise de Estruturas — aborda a Teoria da Elasticidade, o dimensionamento de elementos estruturais, métodos de análise estrutural, análise de tensões e deformações, entre outros conteúdos;
  • Transporte e Infraestrutura Urbana — oportuniza o domínio de diversas temáticas, como a gestão de resíduos, o planejamento urbano e os sistemas de tráfego;
  • Estágio e Trabalho Prático — viabilizam oportunidades de trabalho prático em empresas do ramo ou estágios obrigatórios, os quais possibilitam aos estudantes aplicarem na prática os conhecimentos teóricos adquiridos durante as aulas de graduação;
  • Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) — envolve, como o próprio nome sugere, a elaboração de um projeto de conclusão do curso, também chamado de TCC, no qual os discentes podem realizar uma pesquisa original ou recorrer à aplicação dos tópicos aprendidos ao longo da formação.

Quanto tempo dura o curso de Engenharia Civil?

Via de regra, a graduação na área dura dez semestres, o que corresponde a cinco anos. O período é dividido em eixos distintos, de modo que sejam abordadas as bases teóricas e as práticas. Portanto, são cerca de 3.780 horas/aula para que o graduando alcance o diploma de bacharelado em Engenharia Civil.

Quais são as Unidades Curriculares estudadas em Engenharia Civil?

Novamente, embora haja oscilações de acordo com a IES, na São Judas, por exemplo, a matriz curricular é constituída da seguinte forma:

  • Análise de Fenômenos Físicos da Natureza — 160h;
  • Medição em Ciências e Representação Gráfica — 160h;
  • Vida & Carreira — 60h;
  • Comportamento Químico e Mecânico dos Materiais — 160h;
  • Modelagem e Simulação do Mundo Físico-químico — 160h;
  • Fenômenos Elétricos, Magnéticos e Oscilatórios — 160h;
  • Modelagem e Simulação de Sistemas Elétricos e Magnéticos — 160h;
  • Core Curriculum — 160h;
  • Administração e Integração de Operações e Qualidade — 160h;
  • Materiais, Técnicas e Tecnologias de Construção — 160h;
  • Geologia e Mecânica dos Solos — 160h;
  • Análise e Comportamento das Estruturas — 160h;
  • Topografia e Geotecnia —- 160h;
  • Saneamento Básico — 160h
  • Instalações Elétricas e Hidrossanitárias Prediais — 160h;
  • Estruturas de Fundações e Contenções — 160h;
  • Estruturas Isostáticas e Hiperestáticas — 160h;
  • Estruturas de Madeira e Estruturas Metálicas — 160h;
  • Estruturas de concreto, Obras de arte e Projetos Viários — 160h;
  • Ferramentas de Gestão para Construção Civil — 160h.

Como vimos, a Engenharia Civil é uma área de grande impacto na sociedade, que promove a transformação urbana e pode contribuir significativamente para a sustentabilidade ambiental. Para qualificar-se na área, é necessário realizar uma graduação em Engenharia Civil, que forma profissionais aptos para atuar em diversos campos, tanto na esfera pública quanto na esfera privada. No entanto, a escolha da IES é muito importante. Aqui na São Judas, por exemplo, contamos com um corpo docente de excelência e oferecemos uma educação de alta qualidade, que vai prepará-lo para os desafios e para as demandas da indústria.

Que tal dar o próximo passo rumo a uma carreira bem-sucedida? Veja mais sobre o curso de Engenharia Civil da São Judas!

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