Como os profissionais de Engenharia Civil e Arquitetura podem fazer parte de um mesmo projeto de construção civil, por exemplo, isso pode causar a impressão de que as duas formações são as mesmas. Será mesmo? Quais são as áreas de atuação específicas de cada campo?
Na verdade, engenheiros e arquitetos nem sempre trabalham juntos. Por isso, há diferenças claras entre as duas carreiras — e essas distinções já podem ser percebidas nos assuntos e nas Unidades Curriculares que cada um dos campos estuda.
Neste post, mostraremos as diferenças entre Engenharia Civil e Arquitetura. Assim, ninguém mais confundirá as duas áreas. Boa leitura!
As diferenças entre Engenharia Civil e Arquitetura
Em primeiro lugar, vamos às similaridades. Esses dois conjuntos de profissionais trabalham na construção de casas, prédios, obras públicas e edifícios comerciais. No entanto, a atuação é um pouco diferente.
Engenheiros são capacitados para lidar com as questões técnicas relacionadas à construção civil, como cálculos estruturais e o estudo de resistência dos materiais, entre outras. Já os arquitetos têm uma formação mais humanística, que possibilita que eles apresentem soluções dedicadas à estética e à funcionalidade dos espaços.
De modo geral, o arquiteto se concentra em planejar a utilização do local. Aí, ficam sob a responsabilidade do profissional: definir o tamanho de cada ambiente, estabelecer o posicionamento de janelas e portas, determinar a localização de pontos de iluminação, entre outras atividades.
Enquanto isso, o engenheiro utilizará essas informações repassadas pelo arquiteto para implementar o projeto. Esse profissional executará as obras hidráulicas, elétricas e estruturais, além de realizar a análise do solo, definir o tipo de fundação utilizada e calcular o tamanho das vigas, lajes e colunas.
As diferenças entre esses profissionais também são evidentes quando se analisa a matriz curricular de cada curso. Enquanto a graduação em Arquitetura e Urbanismo terá ênfase em assuntos ligados ao campo de Artes e Humanidades, a formação em Engenharia Civil terá uma presença maior de Física e Matemática.
Os estudantes dos dois campos encaram Unidades Curriculares que abordam projetos estruturais e cálculos, por exemplo. No entanto, a carga de Exatas do engenheiro é mais pesada.
Os focos de atuação e as áreas de especialização
Os profissionais das duas graduações estão ligados ao setor imobiliário e à construção civil. No entanto, há também algumas diferenças nas principais ramificações de cada área. Vejamos algumas possibilidades de atuação para o arquiteto e as oportunidades de especialização:
- Arquitetura de Interiores — nessa área, os profissionais planejam a disposição dos elementos internos de uma obra. É o especialista que vai definir onde ficarão os móveis em um cômodo, por exemplo, e coordenará a construção e as reformas a partir disso;
- Arquitetura Industrial — aqui, o profissional projeta instalações industriais para melhorar o nível de segurança e a funcionalidade dos ambientes de fábricas;
- Urbanismo — nessa área, os profissionais planejam regiões urbanas inteiras. Pode ser uma rua, um bairro ou até uma cidade. Aí, eles definem determinadas questões, como o tamanho das avenidas, as sinalizações utilizadas, as construções permitidas, entre outras;
- Restauração de Edifícios — os profissionais se responsabilizam pela recuperação de construções deterioradas, que podem ser projetos privados ou a restauração de patrimônios históricos e públicos;
- Arquitetura Verde — os adeptos desse campo desenvolvem projetos residenciais e comerciais que respeitam o meio ambiente e utilizam menos recursos naturais, bem como planejam construções que se integrem às características naturais do local.
Por sua vez, o engenheiro está mais ligado à execução efetiva dos projetos. Não à toa, ambos costumam trabalhar juntos em uma mesma obra. Vamos conhecer algumas das áreas da profissão e as oportunidades de especialização:
- Construção Civil — o engenheiro gerencia a execução de obras, assim como também participa do planejamento e define a viabilidade do empreendimento, que pode ser um edifício, mas também estádios, aeroportos, pontes e outros;
- Recursos Hídricos e Saneamento — nesse campo, o engenheiro vai trabalhar na execução de barragens, canais de água e esgoto, reservatórios, sistemas de irrigação, entre outros;
- Infraestrutura e Transporte — os engenheiros focam o seu trabalho na execução de obras, como ferrovias, viadutos e túneis, ou seja, meios de viabilizar a passagem de pessoas, veículos, máquinas etc.;
- Infraestrutura Pública — nessa ramificação da profissão, os engenheiros utilizarão os conhecimentos em termos de construção civil para viabilizar postos de saúde, centros de atendimento, hospitais, entre outras propriedades públicas.
As habilidades e responsabilidades profissionais
O engenheiro civil passa boa parte dos dias de trabalho imerso em cálculos para garantir que as obras sejam adequadamente dimensionadas. Além disso, ele precisará definir a quantidade de materiais e o tamanho de cada estrutura.
Para construir um edifício público, por exemplo, é necessário escolher os materiais utilizados (e a quantidade), investigar os impactos da obra no meio ambiente e o peso suportado por uma estrutura, entre outras questões. Como a formação do engenheiro envolve muitos tópicos de Exatas, ele estará confortável para conduzir cálculos e testar hipóteses até fazer escolhas definitivas.
Já o dia a dia do arquiteto, independentemente da área específica de formação, não envolve tantos cálculos assim — embora ele também estude o assunto na graduação. A principal preocupação desse profissional é mensurar as necessidades e as preferências das pessoas que vão utilizar cada espaço.
Outra curiosidade é que o arquiteto pode trabalhar em áreas não tão associadas à construção civil, como a criação de móveis e projetos de paisagismo. Nesse ponto, ele também se diferencia do engenheiro tradicional.
Contudo, o cotidiano desses dois profissionais pode se encontrar. É o caso daqueles que são contratados por construtoras, por exemplo, nas quais o trabalho conjunto de ambos resulta em obras que têm uma ótima estrutura (provavelmente, em razão da atuação do engenheiro) e uma sensação de acolhimento e de aproveitamento do espaço (resultado da obra do arquiteto).
As oportunidades de carreira e perspectivas futuras
Além de projetos no ramo imobiliário e nas construções, o engenheiro pode prestar consultoria em obras. Ele pode trabalhar em empreiteiras, construtoras e por conta própria. Por isso, não faltam boas oportunidades no mercado de trabalho para bons profissionais.
Já os arquitetos têm um amplo leque de oportunidades na construção e na restauração de imóveis, mas o crescimento do home office trouxe uma novidade: a demanda pela Arquitetura de Interiores. Como muitas pessoas passaram a trabalhar em casa, a necessidade de redecorar o próprio espaço aumentou.
Inclusive, hoje, as empresas estão bem mais atentas a questões de acessibilidade nos edifícios. Os arquitetos têm um papel essencial nisso, já que pensar em áreas funcionais é com eles mesmo.
Os dois campos também têm boas oportunidades no serviço público, com concursos abrindo espaços exclusivos para graduados em Arquitetura e em Engenharia Civil.
Agora que conhecemos as diferenças entre Engenharia Civil e Arquitetura, ficou mais fácil escolher um desses cursos para começar a carreira acadêmica. Para quem prefere cálculos e questões estruturais, uma jornada profissional como engenheiro não é nada mau. Já para aqueles que gostam mesmo é de pensar na funcionalidade dos espaços e na disposição dos elementos, a atuação como arquiteto parece mais promissora.
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